segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Asa de borboleta


Asa de borboleta, de que maneira você me faz sentir assim tão leve. Sopro de vento, de que maneira me faz sentir assim tão folha seca. Raio de sol, de que maneira me faz sentir assim tão semente que brota. Tão superlativo que medos viram virgulas, que os pontos nunca são finais e as interrogações viram respostas. Água de rio, de que maneira me faz sentir tão mar. A te receber, a te admirar, a me adoçar do salitre de dias corridos. Pétala, de que suave jeito você me faz assim sentir.
Palavra a palavra, gesto que inspira, olhar que acaricia. Amor, de que maneira você me faz me sentir assim tão feliz.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Eparrei



É sentir que o peito vai estourar.
Que seus pés vão sair do chão.
Um vontade de rodar, e rodar e rodar.
Perder o controle das mãos.
Se sentir como espada cortando o ar.
E nos olhos o trovão.
É uma vontade de gritar, lá do alto gritar
e o vento agitar com o leque na mão.
É ela no fogo, e não se queima.
É ela o fogo e não se queima
É ela do fogo e não se queima.
É brisa, é raio, é trovão.
É vento, é fogo, é furacão.
É Oya no meu corpo, meu coração.